O tema principal deste Conselho de Ministros era o setor do leite, com as discussões das estratégias e medidas a tomar, tendo em conta o fim do regime das quotas leiteiras, em março de 2015.
Já tínhamos noticiado que a discussão ia ser muito difícil, pois as opiniões eram muito divergentes, mas o resultado foi um fracasso total, não tendo havido qualquer decisão.
Assim, depois de ter havido uma minoria de bloqueio ao texto apresentado pela Comissão, este foi revisto, incluindo certas posições da Espanha.
No entanto, mesmo assim, 11 países, incluindo a França, a Itália, a Suécia, a Hungria, o Reino Unido, Portugal, a República Checa, a Eslováquia e a Eslovénia, continuaram a votar contra. Entretanto, 10 países, que foram a Alemanha, a Áustria, a Holanda, a Dinamarca, a Espanha, o Luxemburgo, a Irlanda, a Polónia e a Letónia, pediram mais tempo para tomar uma posição.
Os países que apoiaram a proposta grega acabaram por ser a Malta, a Estónia e o Chipre.
Face a estas posições, a Presidência grega decidiu passar a discussão para a próxima Presidência.
No setor das frutas e legumes já foi diferente, como se esperava, com os Ministros a aceitarem o relatório da Comissão sobre a análise do setor, depois da reforma de 2007.
Foi considerado que tinha sido importante canalizar as ajudas através das organizações de produtores (OP’s), o que permitiu que, atualmente, 43,9% da produção esteja organizada na Europa.
O problema é que existe uma grande discrepância do nível de organização entre os países. Devido a esta situação e porque está provado que o sistema funciona, os países foram convidados a tomarem medidas para incentivarem as organizações de produtores.
O Conselho também decidiu que era importante fomentar a troca de conhecimentos e experiências entre as OP’s que já trabalham e as que se constituíram recentemente.
Foi igualmente salientada a necessidade de serem ultrapassados certos constrangimentos burocráticos, para facilitar a criação de novas OP’s.
Em resumo, o sistema de ajudas através das OP’s vai continuar, pelo que os produtores que ainda não estão organizados, devem fazê-lo o mais rapidamente possível.
Fonte da imagem – voxeurop.eu